EQUOTERAPIA: pioneira na região, município passa realizar sessões de um
dos mais modernos métodos de reabilitação psicomotora.
Iniciada na tarde desta quarta feira, 24, a atividade de Equoterapia no
município de Capitão. O prefeito César Beneduzi e a Secretária da Assistência
Social Tatiana Beneduzi, participaram da atividade.
Através do projeto da Secretária
da Assistência Social Tatiana, a atividade de equoterapia que é considerada um dos mais modernos métodos de
reabilitação psicomotora, passa
a ser realizada no município de Capitão por fisioterapeutas e instrutores do
Centro de Equoterapia Vida, juntamente com psicóloga, assistente social do
CRAS, psicopedagoga e educador físico da Secretaria da Educação do município.
Enquanto um grupo realizava atividade de pintura, recebeu a visita do prefeito César Beneduzi e, da Secretária da Assistência Social e Primeira Dama Tatiana Beneduzi o outro grupo... |
A atividade que é pioneira na região,
já surge como referência para outros municípios, beneficiando 20 integrantes do
grupo de PCD’s (Pessoas com Deficiências). As atividades serão desenvolvidas
duas vezes no mês no Parque de Eventos do município, que conta com uma rampa
adaptada para cada praticante poder usufruir da terapia com segurança.
O que é a Equoterapia?
... Interagia com os instrutores e fisioterapeutas no banho da égua Linda, sendo observados pelo Prefeito César e Primeira Dama Tatiana |
Segundo a Associação Nacional de
Equoterapia (ANDE-BR), a equoterapia “é um método terapêutico que utiliza o
cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e
equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com
deficiência e/ou com necessidades especiais”.
Além disso, a equoterapia pode ajudar
na recuperação de pessoas portadoras de deficiência ou portadoras de algum
trauma, ajudando na socialização, integração, autoestima do indivíduo. Conforme
o Centro de Equoterapia Vida, “a equoterapia também é indicada para crianças
hiperativas ou com déficit de atenção. A prática ajuda a desenvolver
autocontrole, confiança e segurança.”
Por que o cavalo?
O cavalo é usado como recurso terapêutico por
realizar o movimento tridimensional no seu andar, ou seja, move o praticante
para todos os lados, podendo ser comparado com a ação da pelve humana,
permitindo assim desenvolver no indivíduo benefícios físicos, psicológicos,
educativos e sociais. “Além de que, apenas a ação de cavalgar por 30 minutos,
proporciona ao praticante 1.800 ajustes tônicos” que seria um ajuste no comportamento muscular do cavaleiro, a
fim de responder aos desequilíbrios provocados pela movimentação do cavalo, no
caso, contrações musculares, conforme explica Deisirê, uma das fisioterapeutas
que realiza as atividades.
Porque a atividade é recomendada para pessoas portadoras de
deficiências?
A atividade tem como objetivo
proporcionar ao portador de necessidades especiais o desenvolvimento de suas potencialidades,
respeitando seus limites e visando sua integração na sociedade, proporcionando
ao praticante benefícios físicos, psicológicos, educativos e sociais. O aspecto
que deve ser levado em consideração neste tipo de terapia é que se conscientiza
o praticante de suas capacidades e não de suas incapacidades.
O que as atividades realizadas proporcionam ao
praticante?
Durante a sessão, os fisioterapeutas
ajudam a estimular a fala, a linguagem, o tato, a lateralidade, cor,
organização e orientação espacial e temporal, memória, percepção visual e
auditiva, direção, análise e síntese, raciocínio, e vários outros aspectos. Já
no aspecto social, a equoterapia é capaz de diminuir a agressividade, tornando
o paciente mais sociável.
Quais os resultados que podem ser
percebidos ao longo deste trabalho?
Segundo a psicóloga Greice Vendramin
“percebe-se, ainda mais, a importância deste grupo quando visto os resultados
dos estímulos que vem sendo desenvolvidos durante as atividades. É um grupo que
vem evoluindo desde o inicio, com a capacidade de corresponder ao que é
proposto. Procuramos proporcionar ao grupo de PCD’s, desenvolvimento
psicomotor, socialização, aprendizado, qualidade de vida, aumento da auto
estima e bem estar dos participantes.”
Já assistente Social Fernanda Tombini
relata que “este foi o melhor trabalho que já fiz com PCD´s até hoje. É muito
bom ver o avanço do tratamento, o crescimento do dinamismo e da sociabilidade
delas. No decorrer das atividades de equoterapia do ano passado até hoje pude ver
o quanto o animal (cavalo) passa uma energia positiva para o praticante.”
O papel de cada profissional que
acompanha esta atividade é fundamental no crescimento do praticante.
“A atuação do psicopedagogo vem como forma de auxílio nas
questões onde envolvem dificuldades e/ou distúrbios de aprendizagem. Existem
vários relevantes numa sessão equoterápica, desde a socialização, autoestima,
segurança, afetividade, psicomotricidade, articulações de fala, ludicidade,
disciplina, como também situações de ensino-aprendizagem, raciocínio
lógico-matemático, perceptivas motoras, sensoriais, e formação moral,” explica
Carla.
“O que não podemos deixar de falar é
que o trabalho da equoterapia promove o encontro de todos os profissionais ao
mesmo tempo, tendo assim um trabalho multiprofissional agregando diversos
saberes dentro deste grupo,” explica a
assistente social Fernanda.
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